"O homem comum fala, o sábio escuta
o tolo discute."
Provérbio Japonês
o tolo discute."
Provérbio Japonês
As pessoas que estudam as religiões orientais e outros ramos difundidos no Ocidente desenvolvem uma tendência quase mórbida pela aquisição de dons, que vão desde manifestações psíquicas simples até um nível bem profundo como aquilo que em Sânscrito é denominado de Siddhis. A pessoa que apresenta tais poderes é considerada um Mago.
A palavra Mago deriva dos termos Sânscritos: Magh, Mah, ou Maha que pode ser traduzido por “grande”.
Na Pérsia os magos eram homens de conhecimentos incomuns que se dedicavam ao serviço da Divindade; eram sacerdotes do fogo, “adoradores” do fogo.
A palavra Mago deriva dos termos Sânscritos: Magh, Mah, ou Maha que pode ser traduzido por “grande”.
Na Pérsia os magos eram homens de conhecimentos incomuns que se dedicavam ao serviço da Divindade; eram sacerdotes do fogo, “adoradores” do fogo.
Na Antiguidade, Mago era um titulo honorifico, mas que ao longo do tempo foi decaindo e se tornando distante do seu significado original. Inicialmente era sinônimo de valores honoráveis, contudo, lentamente foi se tornando um termo indicativo para impostor, farsante, charlatão, chegando ao ponto do Catolicismo afirmar ser pessoa que vende a alma ao diabo. A despeito disso no Cristianismo Primordial não fosse assim; veja-se que no Novo Testamento consta que Jesus quando nasceu recebeu a visita de três reis magos, que eram sacerdotes, astrólogos, seguidores e praticantes de ritos do fogo da Babilônia. Sempre os verdadeiros magos dispunham de certos poderes, ou seja, de capacidades incomuns que um autêntico mago tem que ter ao menos sete deles, hoje conhecidos pelo nome de Os Sete Dons do Mago. Em decorrência de o mago ser uma pessoa dotada de certas capacidades envolvendo dons incomuns o Catolicismo a condena. No Ocidente os dons mais comuns de um Mago, são em número de sete: Vidência – Premonição – Telepatia – Telecinesia – Teleplastia – Astromância e Anastasis.
Além desses dons, certos iogues em algumas encarnações desenvolveram outras qualidades ainda mais sensacionais, sendo as mais conhecidas apresentadas em número de oito, conhecidos como Siddhis:
Evidentemente tudo isso exige muita energia, por isso somente pessoas especiais são capazes de demonstrar tais capacidades. Embora os 7 Dons e os 8 Siddhis sejam manifestações espetaculares, ainda assim Iniciados de elevado nível não dão muito valor a eles por saberem se tratar de artifícios da mente, de algo que só ocorre no Mundo de Maya. O Hermetismo endossa essa afirmação, mesmo considerando poderes admiráveis ainda assim não tenham capacidade de libertar o ser do jugo do mundo da ilusão. Revendo o filme Matrix embora sensacionais, as lutas encetadas por Neal nada significava no sentido de eliminar o mundo virtual em que ele se encontrava. Somente com a abertura de um portal feita pelos seus companheiro que estavam num plano superior é que ele saia daquele ilusão. Coisa similar acontece no ser vivenciando o mundo hodierno, por ser capaz de feitos sensacionais ainda assim ele não se liberta. Nenhuma pratica marcial podia tirar Neal do cenário, da mesma forma nenhuma capacidade extra-sensórias é capaz de fazer o mesmo com um ser que vive no Mundo Imanente. Os poderes do Mago e os Siddhis podem ser muito valiosos para muitas finalidades no mundo, mas apenas em nível de Imanência, e não como meio de libertação. Por isso é que o Hermetismo diz ser preferível usar o tempo em exercícios direcionados à energia. Não fazer como muitas pessoas fazem, levam uma vida inteira para o desenvolverem imensa número de dons que no final em nada contribuem para a consecução do objetivo maior que é a libertação final. A V?O?H?diz ser muito mais produtivo o desenvolvimento da capacidade de administrar a energia, de ampliar o poder energético pessoal, pois tendo bastante energia a pessoa pode apresentar todos os dons sem que tenha que passar anos a fio efetivando treinamentos exaustivos, para que detenham capacidades que têm valor muito relativo desde que funcionam apenas em nível de Imanência e que o ser precisa é meios de se libertar da escravidão do Mundo de Maya. Nenhum dos Dons, ou dos Siddhis libertam o ser. Muitas doutrinas os têm como objetivos importantes, mas que na verdade, embora sensacionais, indicam poderes, mas mesmo assim é algo que ocorre em nível de imanência. Em nível de libertação são como demonstrações esportivas, ginásticas ao nível da mente, tal como a ginástica o é ao nível do corpo. Praticantes de algumas doutrinas levam anos para através da meditação, ou de outros exercícios, entrar em estado de Samadi ou equivalentes. Na verdade isso é muito gratificante, mas algo que só dura momentos, que logo a pessoa volta ao mundo habitual sem trazer nada capaz de libertá-lo da ilusão de mundo. Estados elevados de mente são muito efêmeros, a pessoa volta ao mundo habitual sem que haja sofrido grandes transformações, muitas vezes até mesmo qualquer acréscimo de conhecimentos. Também sem sequer se vê, na quase totalidade das vezes, transformação alguma, nem mesmo ampliação do poder pessoal. Se poderia dizer que nem mesmo o nível Prâkâmya que dá ao ser a capacidade de realizar todos os seus desejos, realiza o grande salto da libertação. O que consegue realizar são feitos próprios do mundo habitual, coisas limitadas ao Mundo Imanente, ele não chega ao nível da libertação. Pode concretizar desejos dentro do mundo, mas não o poder de sair dele. Ichatva representa a capacidade de criar, mas não de criar mundos e sim de coisas pertencentes ao mundo, nada, além disso. Ichatva não leva o ser a criar realidades distintas, a transmutar o mundo, como pode fazer o ser que haja adquirido um imenso poder pessoal, que tenha domínio sobre a energia o que o pode tornar um ser liberto. A Libertação ocorre pela transmutação da realidade, o ser só se liberta quando ele atinge a capacidade de gerar sua realidade própria. | ||||
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